segunda-feira, novembro 28, 2005

Reflexoes

Acao de Gracas e Boas acoes?

No inicio do dia comecei a pensar sobre o dia de acao de gracas (thanksgiving), e refleti sobre o comportamento das pessoas em dias como esse. A expectativa que se tem sobre esse dia de que as pessoas pratiquem boas acoes e se reunam com a familia, ou amigos e tenham uma ceia com um peru. Todos se tornam bons e simpaticos uns com os outros. Como um dia programado para todos serem bons. Entao, pensei nesse condicionamento que transforma as pessoas por um dia, para que depois elas voltem ao normal. Isto e : pessoas que nao estao muito preocupadas se todas as suas acoes serao boas ou nao. Esse pensamento desencadeou outra questao que ora e meio retorna a minha mente, que e a questao das acoes da pessoas estarem vinculadas aos seus proprios interesses. Repensei sobre qual seria o interesse das pessoas de aceitarem essa ideia de fazerem boas acoes nesse dia. Qual seria o temor de se negarem a fazer boas acoes que viessem as suas mentes, ou de fazer algo que percebessem que estivesse ao seu alcance? Temeriam talvez o terrivel rotulo de serem mas? Temeriam o remorso de nao terem feito nada de bom no dia em que todos fazem boas acoes? Ou temeriam ainda a situacao de serem excluidas da pratica em que a sociedade se propoe a fazer nesse dia? Ou de repente estou enganado, nao tendo, assim, nenhum temor como motivacao para as pessoas serem gentis, generosas e solidarias com seus semelhantes nesse dia.
Enquanto estive me indagando sobre esse assunto, surgiu um cliente de onde trabalho e com eu ia servi-lo ele veio somente me trazer uma consideravel gorjeta. Essa atitude "surpresa" me deixou desconcertado e pos uma lenha antagonica na minha fogueira de duvidas. Enquanto eu decidia nao ir para o jantar entre amigos para comermos o tal peru, e celebrarmos em paz o dia de acao de gracas, comecei a mudar a minha ideia e tentar nao soar tao rebelde para as outras pessoas. Mais tarde ainda, quando no meu trabalho tive problemas para concluir as tarefas que eu tinha ate o final do dia, estive desesperado. Mas outro fato aconteceu de 4 pessoas virem me ajudar para que eu conseguisse concluir o resto do trabalho e sair daquela enrascada. Ufa! quantas ideias conflitivas sobre esse assunto. Afinal, por que sera que as pessoas praticam boas acoes? Por interesses pessoais ou simplesmente altruismo?

quarta-feira, julho 27, 2005

Telepatia possivel


A ideia se dirige ao meu cerebro, se transforma em pensamento, atravessa os orgaos da fala, e quando projetado como palavra perde quase toda a sua forca e essencia.
Uma vez fiz uma experiencia com a telepatia. Era um teste simples, para se aprender a transmitir os primeiros simbolos. Tive um bom exito ja na minha primeira vez. Entao comecei a pensar na telepatia como um sistema desenvolvido de comunicacao no nosso mundo.
Atribuo a telepatia as qualidades de ser instantanea, poder reportar desejos, imagens, cheiros, impressoes, e mostrar a verdade de quem esta pensando.
A telepatia seria a maneira mais fiel de transmitir ideias adcionadas a sensacoes como o cheiro, os sentimentos, a imagem, e outras coisas que poderiam reportar melhor o modo em que estamos individualmente pensando em algo. Seria a melhor maneira de transmissao de pensamentos sem que o proprio pensamento nao fosse deformado pelas interpretacoes e vontades proprias do receptor. Assim sendo, o emissor teria exito completo atingindo a perfeicao da mensagem veiculada mentalmente.
Nao quero menosprezar a importancia, beleza e historia da comunicacao oral, ou escrita. Atraves dela provem tantos outros resultados que possivelmente nao obteriamos na telepatia, porem, desejo abrir uma possibilidade de questionar os nossos meios de expressao e como, e em que totalidade o pensamento e adquirido pelo interlocutor.
Imagine atraves dessa situacao, em que queremos dizer que ficamos espantados por uma atitudo agressiva de uma pessoa que pensenciamos, e que ao mesmo tempo nos sentimos vingados porque a vitima, de certa forma, merecia. E quando passamos essa informacao queremos reportar um pouco da maneira como nossos olhos, ouvidos, nariz puderam captar toda a cena. Precisariamos de muita habilidade, precisao, e bastante tempo para descrevermos tudo isso, enquanto que telepaticamente, supostamente, fariamos tudo isso num simples ato de lembrarmos do fato e desejarmos transmiti-lo ao nosso receptor. Com a telepatia nao haveria eufemismo, rodeios, incongruencia. Teriamos de nos adaptar a verdade imediata. Uma paquera teria estampada a sua propria intencao desde o primeiro olhar. Uma tentativa de trapaca ja seria descoberta pela vitima com o proprio nascer do desejo do trapaceador. Culpados seriam culpados ao relatar seus crimes, ao passo que inocentes permanecereiam inocentes. Nao precisariamos ficar horar e horas a fio para ouvir palestra, ou aulas monotonas. E poderiamos avaliar melhor a verdade ou mentira que estivesse sendo dita por candidatos politicos. Porem, nao sei se sobreviveriamos a tanta verdade.

segunda-feira, junho 27, 2005

O português dos Estados Unidos

Comecei a perceber os tipos de influências que, em especial, os Brasileiros moradores dos Estados Unidos recebem da lingua inglesa, estando eles em contato com outros Brasileiros. Uma parte deles, fala inglês, outra tem conhecimento elementar e ha ainda aqueles que estão adquirindo um conhecimento basico. Mas, em suma, ocorre um curioso fenômeno de linguagem. Em primeiro lugar, em se tratando de utilizar termos ingleses dentro da nossa propria lingua, enquanto falamos com outros brasileiros. Termos que possuimos traduções correspondentes, e que no nosso pais usamos, mas aqui damos preferência pela palavra em inglês, por exemplo: laundry (lavanderia), to be off, ter/estar de off (estar ou ter folga), vacuum (aspirador de po), roommate (pessoa que divide apartamento), e tantas outras palavras mais, que pelo uso, como palavras-chave, parecem soar com mais sentido e precisão quando nos referimos a elas utilizando-as na lingua em que ouvimos dia-a-dia. 'E muito engraçado, pois parece que falamos um idioma diferente daquele que costumavamos no Brasil. Outra coisa interessante, 'e a criaçao de termos a partir de palavras inglesas, por exemplo brickeiro que significa a pessoa que trabalha com brick = tijolo . No caso, a pessoa seria um pedreiro. Bem, o fato 'e que por essa experiencia da pra imaginar um pouco do dinâmica da lingua e suas evoluções.